16/06/2008

Ontem se falava aqui no halos sobre a educação e sobre o medo que muitos professores vivenciam em suas escolas, muitas vezes ameaçados por alunos.

A escola deveria ser um lugar sagrado, onde pudéssemos deixar nossos filhos em segurança. Mas a realidade é bem diferente e muito triste. A violência chegou às salas de aula e aos recreios. Em escolas públicas, assaltos, brigas e vandalismo se tornaram rotina.

Muitos pais atribuem à escola uma obrigação que é deles: a educação. É importante ressaltar que a violência escolar não vem desacompanhada de outros fatores. Não é algo que surge e termina dentro da sala de aula. É apenas uma das facetas dos variados tipos de violência que acercam o jovem diariamente: a violência familiar, social, estatal, verbal, física, comportamental, entre tantas outras. O aluno influenciado por tipos de violência em casa ou na rua é meio de transporte para que esta violência adentre as escolas.

Um dos principais motivos da violência escolar está no uso e no tráfico de drogas (ilícitas ou não). Muitos alunos usam e comercializam drogas dentro e nas proximidades da escola. Isso também atrai maus elementos para os arredores das instituições.

Até algum tempo atrás o ensino da ética e da cidadania nas escolas era realizado de forma tímida: as crianças aprendiam a cantar o Hino Nacional e conceitos básicos como respeito ao próximo e ao ambiente em que vivemos. As coisas mudaram e felizmente algumas escolas já estão criando projetos muito legais, que ampliam essa proposta e começam já na pré-escola, com os pequenininhos.

Em São Paulo, por exemplo, a Escola Stance Dual modificou toda a sua estrutura para ensinar às crianças o conceito de desenvolvimento sustentável. Nos banheiros, as toalhas de papel foram substituídas pelas de pano e há temporizadores de água em todas as torneiras, o lixo orgânico é depositado na composteira (que produz adubo para a horta da creche vizinha) e foi criada uma 'recicloteca', que as crianças freqüentam todos os dias para transformar sucata em brinquedos que serão doados.

Outra iniciativa interessante é a do Colégio A. Liessin, do Rio de Janeiro. Lá, uma vez por semana, os alunos da pré-escola até a 4ª série desenvolvem campanhas de responsabilidade social e discutem a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Estatuto da Criança e do Adolescente, como parte do projeto 'Já raiou a liberdade?'.

Os professores e os pais precisam ter uma postura cidadã. Todos nós sabemos que a criança cresce copiando os adultos. O ambiente em que ela vive precisa condizer com os conceitos que aprende para que consiga incorporar os valores.

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