28/02/2009

O monstro. Uma lição para a vida?

Ralf e Milena usam perucas e roupas para Castigo do Monstro

O casal usa roupa de mendigo, morador de rua. Ralf veste uma calça gasta e desbotada, camisa larga e uma peruca comprida, tipo condomínio de piolhos. Já Milena, usa um vestido comprido esmolambado e a mesma peruca hedionda. Ambos ficarão durante três dias no castigo, alojados num local reservado do lado de fora da casa, decorado com caixas de madeira, papelão e sacos de lixo amontoados.

Durante os dias do castigo, Ralf e Milena só poderão entrar na casa para usarem o gabinete sanitário. Estão proibidos de cozinhar, de usar a piscina, de tomar banho e de participar da festa de hoje à noite. A comida, vinda da cozinha da xepa, será servida pelos colegas.

Naiá tenta prender a peruca de Ralf e lamenta: "Ralf do céu, o que eu fui fazer com vocês". Milena não se queixa da roupa quente, só estranha as madeixas que mais parece um ninho de arara: "Esse cabelo incomoda muito", reclama a manauara.

O desconforto é absoluto. Nem cadeira eles têm. Sentam-se nos caixotes. Todavia, o casal não está se queixando do rigoroso castigo, inclusive diz que é aprendizado sentir o que sentem os mendigos moradores de rua. Esta forma adulta e tranqüila de enfrentarem o castigo faz-me lembrar a forma antipática e raivosa como Ton e Joseane reagiram ao castigo da dança dos índios e Ana Carolina encarou o castigo levíssimo que apenas a obrigava a comer na xepa. Sem falar no ultraje que foi para Ana, Mirla e Maíra o castiguinho de das “cachorras”.

O lado anedótico do episódio: Naiá está triste com o Castigo do Monstro

Naiá chegou na cozinha com um ar de “Mater Dolorosa” e Jose vendo o semblante anuviado da sensível e bondosa senhora, comentou com a mesma: "A gente fica meio assim depois que dá um monstro". Flávio, agora um netinho dedicado, tenta consolar a tristinha avozinha: "Naná, tu mandou quem nunca tinha ido". Compungida, Naiá comentou: "Mas me dá uma tristeza", logo sendo acarinhada com as palavras da mais nova de desvelada netinha: "Não tem o que fazer Naná, é assim mesmo", diz a doce Maíra.

Na sala, Naiá ainda lamenta compungidamente, para Ana, a escolha que teve que fazer para o Castigo do Monstro, pelo fato de ter ganhado a Prova do Anjo. "Dá tristeza, mas tenta compreender. Alguém tem que estar lá. Eles não tinham ido ainda”, diz Naiá em tom dramático.

“É ruim, é”, diz Ana Carolina, que dobra roupas no sofá da sala. 'Está um calor lá fora", lamenta a Vovó, com aquela sua voz tipo arrebenta tímpanos, mais parecendo um miado da gata espantada. Ana, acreditando no “coração partido” da bondosa avozinha, larga o que estava fazendo e vem dar colinho e ombrinho para Nanazinha querida: "Não fica assim. “Vem para cá”, diz Ana, puxando a paulistana que deita no seu ombro.

Eu só não chorei de emoção com a cena de ternura, porque não vi no semblante e no olhar da espertíssima Naiá nem sombra do sentimento que estava fingindo (confira na foto). É óbvio que ela não iria desperdiçar uma oportunidade como essa para tirar algum proveito: bancar a pessoinha sensível, maravilhosa que não suporta fazer maldades para ninguém, jogando com a sensibilidade dos participantes e do público. Ai, meu São Benedito, abana-me! Abana-me, meu santinho, porque esse babado é forte!

A tristeza e o "bico" de Ana após receber o castigo do monstro. Ó, dor !

Ana Carolina, que fez o maior auê por causa do castiguinho de ir comer na xepa, deve estar achando a maior injustiça do planetinha BBB a avozinha não ter ficado assim tão desgostosa com o seu colossal sofrimento ao ser condenada pelo monstro a ficar fazendo as refeições na xepa, comendo comida de gente pobre. Nem chorar pela tristeza profuuuuuuda da netinha, vó Naiá chorou. Apenas ficou lá fazendo os pratinhos e bolinhos que a mimadinha e linda menininha pedia, para escapar à dieta despojada de luxinhos dos pobrinhos. Apreciem a cara amuada e o "bico" da linda patricinha mimadinha! Ó, coitada!

O castigo do Monstro, mais que uma brincadeira cruel e vazia de sentido, pode ser uma valiosa oportunidade de aprendizado e de auto conhecimento. Sábios serão os que perceberem isto e tirarem o maior proveito da situação para o seu crescimento pessoal, para sua humanização mais profunda e para despertar para o "outro". Seja o "outro" que está em seu próprio interior, seja para o "outro", o ser humano habita a nossa caótica e injusta sociedade. Que lição poderia tirar Ana Carolina do castigo na xepa? O que aprenderia Ralf e Milena com a experiência de viverem como mendigos de rua? Vejamos uma a um os castigos até agora dados e pensemos neles sob a perspectiva que estou sugerindo.

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