06/03/2009

Flávio antes e depois de Maíra

Se Naiá muda de personagem, como camaleão muda de cor, no caso de Flávio não está sendo diferente. Procuro no Flávio de hoje o Flávio anterior à chegada de Maíra e só encontro uma caricatura do que ele foi. Não o reconheço mais no personagem risível e infantilizado que vive enroscado em Maíra sob o edredom, mendigando seu carinho, rastejando aos seus pés por um beijo, comportando-se como um néscio, sem amor próprio, implorando atenções que ela não lhes quer conceder e diz-lhe isto com todas as letras. Mas, continua deitando-se com ele, fazendo charminhos sedutores, atiçando-lhe o desejo, sem que ele se dê conta de que está sendo usado como escudo de proteção e objeto de diversão.

Com efeito, não reconheço mais, nesse arremedo de pegador apalermado, aquele homem ruivo, feioso, simpático e super alegre, que se rotulava como um jogador focado no jogo, sem interesse em estabelecer nenhum tipo de relacionamento afetivo ou carnal com as mulheres da casa, que desaprovava os envolvimentos dos companheiros sempre afirmando que estavam no BBB para jogar para vencerem adversários e ganhar um milhão e não para arranjar mulher e mudar o foco da sua atenção do jogo para os prazeres do corpo. Afirmava que com ele isso não aconteceria! Eu acreditava em suas palavras, aprovava sua postura e o incluia na minha lista tríplice de favoritos.

Por ironia do destino, Flávio acabou se perdendo por uma mulher interesseira que veio com um script decorado e disposta a jogar sujo para chegar aos seus objetivos e, o mais insólito: ela o rejeita, mas não se afasta, negaceia carinhos, mas dorme com ele. Não dá para compreender o que leva Flávio a insistir em fazer esse papel de trouxa, de mané apaixonado que não consegue perceber o que qualquer homem inteligente perceberia, ou seja: que Maíra não quer nada com ele, apesar de passarem horas na cama, no quarto das ovelhinhas, ele tentando cansativamente uns amassos, ela negaceando, fazendo dele seu brinquedinho e repetindo "Você não é meu tipo de homem”.

Se Flávio tivesse conseguido separar o jogo da sua piração por Maíra, não estaria caindo na preferência das suas torcidas. Mas não conseguiu e começou a fazer jogadas absurdamente equivocadas, dignas de principiante sem noção de estratégia e sem objetivos traçados com precisão, como fez ao eliminar Milena, sua parceira, na prova de líder, abrindo espaço para que Ana, sua adversária o eliminasse e ganhasse a liderança, ensejando o primeiro estremecimento na unidade do grupo B.

Depois desse equivocado lance no seu jogo, Flávio começou a bandear-se para o lado A e a colar na aba de Maíra, dando início a uma série de inconveniências. Dentre estas a mais grave foi ter revelado para Maíra particularidades do grupo B que só interessavam aos seus membros, entregando-lhe, de bandeja, informações preciosas que esta usou para fomentar a desunião e a dispersão do grupo B no qual ela nunca pretendeu participar, mas sim extingui-lo, porque sabia que nele estavam os preferidos do público.

O que me deixa mais confusa nas atitudes de Flávio é vê-lo em atitudes incoerentes, como a que testemunhei pouco antes da vitória de Max na prova do líder, quando ele conversava com Francine e disse que, se ele ganhasse o colar do anjo não imunizaria Maíra, acrescentando: "Eu não defendo quem eu acho que está ameaçado. Vou imunizar quem eu quero comigo na casa e hoje eu quero o Max". Então, Fran perguntou-lhe se ele iria impedir que ela colocasse a inimiga no paredão se tivesse oportunidade, ouvindo do amigo que ele não faria nada para impedir indicação de Maíra. Dá para entender a cabeça de Flávio? Dá para acreditar que ele realmente esteja apaixonado por Maíra?

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