08/09/2009

Cafonices


Se tem uma coisa que me causou trauma na minha pré adolescencia foi esse calçado aí em cima. Meu sonho de consumo, na época, era ter um Bamba, mas isso era coisa que só 'a alta casta' usava. Eu morria de vergonha de ter que ir pra escola usando aquele conga esquisito: preto para o dia-a-dia e branco para dias de educação física. Sem falar no Vulcabrás preto, que era para dias de festa...

Quando finalmente meus pais puderam comprar um Bamba, outros modelos mais modernos já adornavam os pés mais abastados.

Eu nunca fui muito ligada ao consumismo não, muito menos à moda. Mas na minha juventude já usei muita coisa que hoje eu paro e penso: como eu tive coragem de usar isso, meodeos!!


Eu me sentia 'a poderosa' em cima dos meus sapatos cavalo-de-aço e com calça boca de sino. Também passei pela fase da calça cocota (um jeans de botões dourados), camisa Hang Ten e tênis Redley ou All Star. Existiam também as batas indianas, que a gente só encontrava nas importadoras (isso ainda existe?), assim como o perfume de Almíscar Selvagem.

Alguém se lembra do batom Boca Louca? Era um que a gente ia passando e a boca ia avermelhando, avermelhando...uma loucura!! E por cima ia uma camada de brilho, que era um batom líquido com cheirinho de fruta, aplicado com um vidrinho de roll-on.


Calça bag, semi bag, meias de lurex, muitas pulseirinhas de ouro com bolinhas de várias cores, gargantilha com nome, pulseiras de miçangas...

Mas resisti bravamente à duas modas mais recentes: aquele casaquinho de crochê que só cobria os braços e o busto e a tal da faixa amarrada bem abaixo dos seios, por cima de uma blusa qualquer. Sempre achei que essas duas coisas não combinavam em nada comigo. Afinal, moda não é uma coisa muito esquisita?

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