12/01/2009

O dono do jogo

Diretor de um sucesso de audiência que nesta terça-feira entra em sua nona edição, Boninho há muito tempo não se importa com as críticas de quem não vê propósito na atração: ´O Big Brother não é telecurso. Muito menos uma obra literária´, diz

Em entrevista por e-mail, o todo-poderoso do reality show mais odiado e amado do país, disse por que o programa mantém uma audiência estável e falou da seleção dos candidatos entre 160 mil inscritos. Muita gente reclamava que a atração só mostrava rostinhos joviais e corpinhos sarados, mas desta vez haverá dois candidatos com mais de 60 anos, Naiá (61), uma promotora de eventos, e Norberto (63), radialista. Os aspirantes a ator, jura o diretor, foram barrados.

Para Boninho, o bom humor do apresentador Pedro Bial e as sacadas da equipe de edição (que produz divertidas novelinhas e animações) são indispensáveis para o resultado final e também explicam o fôlego do ´Big Brother´ no Brasil. ´O programa conseguiu se adaptar ao jeitinho brasileiro de se fazer televisão´, afirma.

O público é o grande juiz do ´BBB´, concorda? É ele quem decide quem sai, quem fica. Vem daí o sucesso da atração?

BONINHO: O sucesso do ´Big Brother´ brasileiro se deve a vários fatores e, entre estes, claro, a participação do público. Afinal, o formato do programa se baseia nisso. Mas outro grande fator para o sucesso é todo por conta da equipe que o realiza aqui. O programa conseguiu se adaptar ao jeitinho brasileiro de se fazer televisão. O público se identifica com a forma que encaramos sua realização, as novelinhas, desenhos animados... E o bom humor do Pedro Bial e a nossa visão editorial são fundamentais. É um programa que tem uma audiência cativa e muito estável.

Ainda tem gente que chama o ´BBB´ de ´lixo´, disso e daquilo. As pessoas têm dificuldade em vê-lo como um programa de entretenimento?

BONINHO: Acho que esse preconceito é seu. Isso já deixou de ser uma bandeira há bastante tempo. Tem anos que não falam sobre isso. O ´BBB´ não é um estudo científico sobre relacionamento humano, não é um estudo antropológico, muito menos um telecurso. Muito menos uma obra literária. O ´BBB´ é um jogo, um programa feito para entreter, para despertar ódios e amores.

As pessoas te reconhecem cada vez mais nas ruas? Elas te param para dar palpites?

BONINHO: Continuo como sempre. Até na própria TV Globo muita gente não me conhece. Na rua então...

A atriz Grazi Massafera virou uma estrela. Muita gente entra no ´BBB´ pensando nisso, não é?

BONINHO: Não escolhemos ninguém para se tornar famoso ou seguir carreira na TV. Para falar a verdade, o fato de a Grazi estar numa novela cria uma falsa expectativa. Este ano choveu ´futuros atores´, todos devidamente descartados.

Se você pudesse dar um conselho para os participantes, qual seria?

BONINHO: Nenhum. Prefiro confundi-los.

Foram quantas inscrições?

BONINHO: Tivemos mais de 160 mil. Iniciamos o processo de seleção em junho, pela internet, depois fizemos as entrevistas em dez capitais.

Mas teve também o trabalho dos olheiros?

BONINHO: Os inscritos dominaram a seleção.

Há pessoas mais velhas este ano, por exemplo. Pode dar mais detalhes sobre a seleção?

BONINHO: Focamos em personagens como sempre, mas desta vez a idade foi um critério fundamental para a escolha (nesta edição, há candidatos da terceira idade).

Todo ano as pessoas reclamam de provas que não foram justas, de candidatos que foram favorecidos... Depois de tanto tempo, com o reality show chegando à sua nona temporada, como você lida com essas críticas?

BONINHO: O ´Big Brother Brasil´ é uma fonte inesgotável de suposições, tramóias, teorias e assuntos para uma boa discussão no dia seguinte. Enquanto existir essa curiosidade, o programa continuará fazendo esse sucesso todo.

Qual o seu estímulo para dirigir mais uma vez o ´Big Brother Brasil´?

BONINHO: Todos. Eu gosto muito de fazer televisão e o ´BBB´ é um programa trabalhoso, mas divertido.

Será que vamos amar ou odiar Mr. Boninho por mais 3 meses de nossas vidas?

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