03/03/2009

Ana e Naiá: os semelhantes se atraem!

Ana conhece a toda a história do BBB, assistiu a todas as edições, portanto conhece muito bem o que lhe pode ser favorável, o que pode atrair as luzes dos holofotes sobre ela e tirar o brilho dos demais participantes. Ela sabe como provocar, como se viu na briga com Newton e com Ralf, ambos indicados para o paredão com ela, como aconteceu com André.

Ingênua será a pessoa que se meter a discutir com Ana, porque estará se perdendo no “jogo da vítima e do algoz”, no qual ela é imbatível, pela habilidade como representa o papel da vítima, da pobre menininha inocente perseguida e maltratada. Ora, esse enredo vem sendo usado desde que Jean Wyllys o lançou e apoiado nesse argumento ganhou o jogo.

No caso da renúncia ao colar do anjo, eu acredito mais numa tentativa de Ana de puxar o tapete de Naiá, que de esboçar um gesto de altruísmo a favor de Maíra. Ela tentou o “jogo provoca e desmascara” com Naiá e talvez pense que o mesmo deu certo, pois a Vovozinha aparentemente caiu como um patinho e deu o colar exatamente para a pessoa que Ana indicou (mas não mencionou que fazia isso a pedido de Ana, como fez André quando atendeu ao pedido de Pri, preferindo fazer de conta que fora uma escolha própria).

Ao fim e ao cabo, ambas se merecem. Mas há um detalhe importante, foi Ana quem grudou como um chiclete em Naná, não lhe dando folga, forçando uma relação doentia com a sexagenária. Nana é falsa e dissimulada, mas a “netinha” não lhe fica atrás. Se sair hoje da casa, Ana terá deixado a imagem de Naná com sérios arranhões, por não a ter salvado do paredão, em vez de atender a um pedido seu feito num momento de forte emoção.

A primeira espetada ela já a deu no confessionário ao responder a pergunta de Bial sobre o episódio querendo saber se ela sabia que, ao fazer tal pedido à Naiá, estava se pondo no paredão. A resposta de Ana deixou implícito que fez o pedido sabendo desse perigo, mas naquele momento estava emocionalmente confusa. Logo, ficou no ar que ela não tinha certeza do que pediu. Ana sabe que o público não aceita deslealdade, jogo sujo ou traição, portanto, sabe que Nana poderá estar em maus lençóis, se for a um paredão.

O que falta a Ana é conteúdo. O que ela vem revelando é um lado fútil, vazio, atoleimado e sem nenhuma graça, por ter errado a mão na montagem da personagem infantilóide que criou. Tanto que só começou a aparecer a partir do barraco e das discussões com Newton que foram a escada que precisava para subir à ribalta e aparecer com sua personagem iluminada pelas luzes dos holofotes.

Se Newton tivesse ficado, talvez Ana estivesse, hoje, na altura das estrelas, metralhando quem lhe aparecesse pela frente, pois ela sabe tirar proveito dos barracos como ninguém, inclusive relatando os detalhes da briga exaustivamente, visando queimar a imagem do seu antagonista, em cada repetição do fato.

Na verdade, Ana incomoda dentro da casa e fora da casa com sua conduta infantilizada. Todavia, ela sabe muito bem o que está fazendo (jogando). Só que o jogo dela, além de ser tedioso, soa falso numa mulher de 25 anos, com curso superior e que não é mentalmente doente, não convence.

Ana é muito esperta. Mas não a vejo como uma estrela dessa edição. Vejo-a como uma jogadora que entrou na no BBB9 para ganhar um milhão de reais a qualquer preço, passando o trator em quem se colocar a sua frente na corrida milionária. A máscara de boa moça, que veio para o confinamento para aprender é ridícula. Não imagino o que Ana quer aprender na casa dos confinados (serpentário). Será aprender a usar os pontos fracos dos outros contra ele e se colocar como vítima? Ou será aprender a ganhar no grito e na acusação os barracos e sair deles todos como vítima?

Seu jogo apoiou-se nos draminhas pueris, na carinha de choro, no “biquinho” de menininha amuada, visando comover o público e a casa funcionou até o ponto em que se tornou caricata, ridículo e rasteiro demais. Cansou. Perdeu o prazo de validade. Se ela veio para aprender, não aprendeu nada que fizesse dela uma pessoa melhor, não aprendeu sequer com o exemplo que Ton, e André deixaram-lhe como herança: saber enfrentar um paredão com grandeza e dignidade, saindo da casa melhor do que entrou.

Duvido que ela, se for eliminada, hoje, consiga sair como saíram esses dois que ela jogou no paredão. Se Ana ficar, ainda irá ajustar contas com Naiá, tão alegre e sem emoção no dia as sua provável saída. Se Ana sair, Naná vai se sentir poderosa e antecipadamente dona do milhão. Então, vai haver choros e ranger de dentes, quando ela começar a puxar o tapete de todos, com a mesma dissimulação como puxou o tapete de Ana. Alea jacta est!

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