12/04/2009

Francine e Max, esbanjando alegria!

O Chat com os participantes da nona edição do BBB foi uma oportunidade única de avaliarmos cada um deles em particular e os dois grupos em que se dividiram, funcionando como uma radiografia de corpo inteiro do BBB9. Os dois grupos mostraram-se cá fora exatamente como nós os vimos dentro da casa do confinamento. E, mais uma vez o Grupo B, habitante do lado pobre, desconfortável e apertadinho da xepa, ganhou o jogo, fazendo-se merecedor da medalha de ouro e de ocupar o centro do podium. Parabéns a Max, a Flávio, à Fran, à Milena e a Priscila por terem orquestrado a sinfonia da vitória, depois de levarem nos ombros a melhor dentre todas as edições do Big Brother no Brasil. Lado B venceu em tudo, os nossos cinco BENHÊS brilharam dentro e fora da casa, foram os melhores no jogo e confirmaram no Chat as qualidades que fizeram deles os nossos favoritos.

A belíssima vitória de Max foi o desagravo que ele merecia depois de ter sido alvo de tantas críticas injustas, das insinuações maldosas e levianas com a sua sexualidade nas edições, da censura ao seu modo de jogar e de relacionar-se com Francine e até das acusações sem fundamentos de Priscila ao votar três vezes para que ele fosse ao paredão. Max não foi “a cara” dessa edição, como disse Bial. Ele foi “O CARA”, o que se distinguiu como um homem muito especial e como um vencedor com qualidades que nenhum dos que o antecedeu tinha. Da mesma forma, Priscila está muito longe de ser “a cara” dessa edição, pois não trouxe novidades que Fani e Nathalia não tivessem mostrado antes, em termos de beleza, sensualidade e ousadia.

A única mulher que brilhou, afirmou-se como diferente e deu vida à edição foi, sem sombra de dúvidas, Francine. Pelo conjunto da obra, ela sim foi “a nova cara” do BBB, surgida em sua nona edição. Uma nova cara sem precedentes, configurada em sua história com Max, na forma diferente, sem “amores tórridos”, como viveu o namoro com ele, sua espontânea veia cômica, suas piadas intempestivas e hilariantes, sua peculiar maneira de vestir-se, despojada e criativa, com detalhes pessoais que fugiam à tirania da moda (como suas famosas meias coloridas, seus largos laços na cabeça, seus enormes cílios postiços, sua pesada maquilagem, suas calcinhas fofura). Fran distinguiu-se até na maneira de falar, ora apresentando dificuldades com a pronúncia correta das palavras, ora por criar e usar um vocabulário inusitado, como a palavra “conversionário”, logo adotado por Bial para rebatizar o antigo “confessionário”, ou ainda por inventar expressões de carinho peculiares, especialmente no trato com Max, (“delicinha”, “benhê”), logo incorporadas ao vocabulário da sua imensa torcida, como aconteceu, também, com o carinhoso apelido de “Fofurinha” que Bial lhe deu, inspirado nas calcinhas que ela usava com a palavra escrita no trazeiro. Além disso, ainda há as interessantes exclamações que formulava para demonstrar seu carinho e expressar o seu encantamento por Max, como algumas que memorizei: que delicia de homem! Que volúpia! Que, tentação! Que tesouro! etc.). Francine Fofura, a boneca que virou mulher ao se apaixonar por Max, é, realmente, uma pessoa sui generis, inteligente, engraçada, destravada, temperamental, às vezes intempestiva e inconseqüente, mas sempre e acima de tudo, leal, verdadeira, bondosa, solidária, amiga dos amigos, sensível e dotada de um caráter irretocável, íntegra e amorosa.

É esta mulher que, junto com Max e com Flávio, até certo ponto do programa, formaram um trio que trouxe uma nova dinâmica ao jogo, imbatível pela graça, pela criatividade nas brincadeiras, pela forma caricata como dançavam, pela amizade que os unia, pela alegria e descontração nas festas. Tanto que bombaram nas primeiras enquetes, como favoritos do público. Depois da catastrófica chegada de Maíra, com o tsunami de energia negativa que trouxe com ela, Flávio caiu de amores pela nefasta novata, mudou o comportamento e o trio maravilha extinguiu-se. Mas o casal continuou sendo a estrela de quinta grandeza, em torno da qual todos gravitavam. Era contra eles que soltavam veneno, era o namoro à moda antiga deles o que perturbava o imaginário de todos, o que alimentava a maledicência na casa. Era a personalidade forte e segura de Max, a atrevida afirmação deste de que era um jogador e entrara no jogo BBB para jogar e ganhar o que fazia dele o alvo da perseguição obsessiva de Ralf, incapaz de compreender que jogar não significava ser antiético e desonesto, mas sim usar a inteligência para mover-se no complicado tabuleiro de xadrez que é o BBB.

Até Priscila, que vivia grudada em Max e Francine, inclusive perturbando a relação dos dois, provocando ciúmes em Fran, criticando Max na tentativa de convencer Fran de que ele era falso, não gostava dela e a usava como peça do seu jogo. Jogo que Priscila, como Ralf, nunca aceitou como legítimo e correto dentro do BBB. No último mês na casa, ela condenou-o e voltou-se contra Max, não somente votando, três vezes consecutivas, para que fosse ao paredão, como falando mal dele pelas costas, para Joseane, Flávio, Ana, Francine e Milena, para conseguir mais votos conta ele, não hesitando em censurá-lo para Bial, em suas ridículas justificativas de voto. E ainda teve a coragem de sair da casa escanchada nas costas de Max, numa última provocação à Francine. Espero que os dois vejam as fitas do último mês e decidam se vale a pena manter contatos com Priscila, fora da casa e arriscarem a continuidade da harmonia entre eles.

Acredito que Francine não tem consciência do quanto ela foi importante para a ascensão de Max, até quando discutiam ou quando ela não conseguia compreender algumas atitudes dele em relação ao jogo, às outras pessoas e à ela. Ao explicá-las, Max findava abrindo sua interioridade, detalhando a sua visão particularizada do jogo, da vida e das pessoas, revelando suas idiossincrasias, a peculiaridade do seu caráter e, assim, levando não somente Fran a conhecê-lo melhor como aos que os acompanhavam esses momentos pelo PPV. As famosas DRs deram um substancial contributo ao alargamento do mútuo conhecimento e ao gradativo fortalecimento da relação afetiva entre eles. O contínuo diálogo que mantinham foi o que possibilitou o esclarecimento das dúvidas, aflições e conflitos que ambos vivenciavam, tentando afastar as sombras e chegarem a uma convivência menos instável. Mesmo com suas crises de ciúmes, sua insegurança e sua carência, Fran não conseguia afastar-se do seu benhê e lhe dava colo e consolo nas horas mais difíceis, como foi quando ele recebeu o vídeo e viu a avó debilitada que lhe dizia palavras comoventes, nos paredões. Se as coisas não correram melhores para a relação deles, deve-se isto à intromissão de tantos tentando enfiar dúvidas e medos na cabeça de Fran.

Se Joseane não tivesse saído da casa, Priscila teria se juntado a ela e à Ana para formarem o paredão de Max e Fran, como já estavam combinadas. Priscila foi cegada pela ambição, pela cobiça, por causa dela quase Max perde a chance de levar o prêmio. Enquanto ela tramava pelas costas dele, Max e Francine sempre foram leais à amizade que acreditavam existir entre os três. Os dois foram dignos e sinceros, confiavam nela. Mas de nada adiantaram os esforços de Ralf, Naiá, Nono, Ana e Priscila para prejudicarem Max, tampouco surtiram efeito os blefes das edições e os clips desmoralizantes, as armas de Boninho para fazer a popularidade dele despencar. Max ganhou o BBB9 apesar de tudo isto, apesar das tentativas do diretor para fazer dele um vilão e do seu favoritismo por Priscila. Pode haver triunfo maior e melhor que esse? Bem mais suado e emocionante do que a vitória de Alemão que já entrou na casa, escolhido para ganhar, vitória bem mais gloriosa que a de Rafinha que ganhou de presente o prêmio, dado por Boninho que não admitia a vitória da verdadeira campeã, Gyselle. Com Max, o poderoso Zeus não conseguiu manipular a contagem dos votos, pois seria escandaloso demais forjar a vitória de Priscila, que nunca esteve como favorita, nas enquetes, tampouco conseguiu projetar a imagem de Max como o vilão da edição. Até nisto Max foi diferente e fez história.

O casal está com as agendas lotadas de compromissos com a programação da Globo para os ex-bbs e, também, com convites e propostas de trabalho feitos ao casal. Assim, não precisarão ficar separados. Max foi sozinho para Marica, ficando Fran encarregada de procurar, junto com a mãe, um flat para morarem juntos e mais distanciados do assédio das fãs que se juntam na porta do hotel. O Paparazzo será feito com os dois. Maravilha! Francine está muito feliz junto aos familiares de Max. Ela os conquistou rapidinho e é considerada a nova integrante dos Porto, já ganhou lugar de destaque na casa — fotos suas com Max estão numa estante — e no coração da sogra. “Já chamo de nora. Ela me deu até esse chinelinho, olha”, mostra Clara, que também adotou outro integrante do BBB: “O Flávio é da família. Achei graça das especulações sobre ele e Max. Eu que sei, meu filho gosta muuuito de mulher”.

Em Marica, depois das homenagens que lhe foram prestadas, encaminhou-se para a residência da mãe para avaliar o que faltava para concluir as intermináveis obras da referida, localizada no alto de um humilde condomínio no bairro do Flamengo. A casa passa por obras há cerca de oito anos, mas ainda tem vários cômodos e o segundo andar inacabados. “Minha casa já era uma prévia do ‘BBB’, só que do lado B. Todo mundo dorme junto e a nossa cozinha é a xepa”, brincou ele, em entrevista à equipe do “Fantástico”, da Rede Globo. Max também falou sobre a vontade de realizar o ‘sonho de princesa’ de sua mãe, que teve dificuldades para montar um lar para os filhos. “Antes, não queríamos expor nossa situação financeira para não parecer apelação”.

Agora, é bom que as pessoas vejam que Max faz jus ao prêmio, porque lá na casa muita gente chorava miséria, mas na verdade era todo mundo ‘montado na grana’”, contou a mãe de Max. Poisé, ele não falou na doença da avó, não falou na situação financeira difícil da família, desde que o pai os abandonou, quando ainda era muito pequenino. Nunca mencionou as dificuldades que enfrentou para ajudar no sustento da casa, desde os 18 anos de idade. Da mesma forma que Francine nunca relatou seu drama em decorrência do abandono da família pelo pai, quando ela tinha cinco anos, nem mencionou que ficou um mês sem falar por causa do trauma. Agüentou as chacotas sobre sua forma de falar estranha, sem revelar que é disléxica. Ambos poderiam ter lançado mão dos seus sérios problemas para conquistarem a simpatia do público, como fez Priscila exaustivamente.

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