Apesar de ter estranhado muito a forma como foi iniciado o BBB9, a divisão da casa, a criação de um terceiro núcleo de confinamento em uma “bolha” de vidro no interior de um shopping, confesso que já estou gostando das mudanças inovadoras, mesmo reconhecendo que estas confundem e desnorteiam tanto os confinados quanto o público, todos acostumados com o velho e surrado modelo que prevaleceu até o BBB8.
De imediato, alguns aspectos dessas mudanças me parecem positivos: primeiramente, o que pôs um ponto final na carreata que trazia os brothers triunfantes e na glamourosa entrada na casa, despojando-os do estrelismo costumeiro ao pisarem na passarela, entre os aplausos da platéia e das louvações de Bial. Além disso, fomos poupados daquela euforia destravada que, nas edições anteriores, caracterizava a entrada da moçada no jardim da casa, com aflitivos gritinhos e repetidos pulinhos no gramado, ao som do desgastado bordão: “hihi, huhu, o Big Brother é nosso”.
Por último, o melhor de tudo: a divisão da turma em dois grupos que poderá render muito e favoravelmente para que o jogo, propriamente dito, seja levado a sério, sem desvios alienantes para romances fakes, na medida em que a convivência dos componentes de cada grupo, sem contatos com os do outro grupo, ensejará a formação de alguns subgrupos muito unidos e dispostos ao “vale tudo” para eliminar pessoas do grupo estranho, resultando em rivalidades, geradoras de atritos estressantes, animosidades e de muita adrenalina dentro da casa, notadamente se a divisão não ultrapassar as duas primeiras semanas e cada grupinho ficar focado no objetivo que levou cada um a inscrever-se no BBB9, ou seja: chegar à final como o vencedor da disputa e o premiado com o milhão ambicionado. Ao fim e ao cabo nesta edição não vejo chances de vermos aquelas estância nauseante e de amiguinhos de infância que testemunhamos no BBB8, tampouco o clima de beatice tediosa do BBB6.
Acredito que Boninho e a equipe da produção do programa avaliaram muito bem com os prós e os contras do plano elaborado para fazer da presente edição um sucesso. Apesar de, no momento, o BBB9 parecer um jogo de quebra cabeça confuso, no qual faltam peças fundamentais, a longo prazo, poderá render positivamente para a qualidade do jogo. Portanto, o mais sensato no momento é aguardar o que vem pela frente, para podermos emitir uma opinião menos apressada. Não escondo as muitas indagações que me faço, como serão realizadas, por exemplo, as provas para escolha do líder e do anjo, a indicação para o paredão e a prova da comida. Esperemos para ver.
Por enquanto, resta-nos ir tateando pelos caminhos labirínticos traçados por Boninho, na expectativa de que as estratégias por ele criadas resultem em um programa, de fato, diferente, sedutoramente inovador, capaz de fazer desta nona edição a melhor de todas.Quanto aos rapazes e moças confinados, prefiro esperar mais um pouco para emitir minhas impressões sobre eles. Adianto apenas que, de modo geral, não antipatizei com nenhum, especialmente com os que ocupam a ala B, na minha opinião um grupo bem mais interessante, divertido, cheio de bom humor e simpatia que o grupo da ala A.
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