20/04/2009

Envelhecer é obrigatório,crescer é opcional

No primeiro dia de aula, nosso professor se apresentou aos alunos, e nos desafiou a que nos apresentássemos a alguém que não conhecêssemos ainda. Eu fiquei em pé para olhar ao redor, quando uma mão suave tocou meu ombro. Olhei para trás e vi uma pequena senhora, velhinha e enrugada, sorrindo radiante para mim, com um sorriso que iluminava todo o seu ser. Ela disse: - “Hei, bonitão. Meu nome é Rosa. Eu tenho oitenta e sete anos de idade. Posso te dar um abraço?” Eu ri, e respondi entusiasticamente: “É claro que pode!” E ela me deu um gigantesco apertão.

-“Porque você está na Faculdade em tão tenra e inocente idade? – Perguntei-lhe. Ela respondeu brincalhona: “-Estou aqui para encontrar um marido rico, casar, ter um casal de filhos, e então me aposentar e viajar”. Incrédulo e desconcertado, exclamei: “Está brincando”!” Eu estava curioso em saber o que a havia motivado a entrar neste desafio com a sua idade, e ela disse: “-Eu sempre sonhei em ter um estudo universitário, e agora estou tendo um!” Após a aula, nós caminhamos para o prédio da União dos estudantes e dividimos um “milkshake” de chocolate. Nos tornamos amigos instantaneamente.

Todos os dias nos próximos três meses nós teríamos aulas juntos e falaríamos sem parar. Eu ficava sempre extasiado ouvindo aquela “máquina do tempo” compartilhar sua experiência e sabedoria comigo. No decurso de um ano, Rosa tornou-se um ícone no Campus Universitário, e fazia amigos facilmente, onde quer que fosse. Ema adorava vestir-se bem, e revelava-se na atenção que lhe davam os outros estudantes. Ela estava curtindo a vida!

No fim do semestre, nós convidamos Rosa para falar no nosso banquete de futebol. Jamais esquecerei do que ela nos ensinou. Ela foi apresentada e se aproximou do pódio. Quando começou a ler a sua fala preparada, deixou cair três a cinco folhas no chão. Frustrada e um pouco embaraçada, ela pegou o microfone e disse simplesmente: “- Desculpem-me, eu estou tão nervosa! Parei de beber por causa da Quaresma, e este uísque está me matando! Eu nunca conseguirei colocar meus papéis em ordem de novo, então me deixe apenas falar para vocês sobre aquilo que eu sei. Enquanto nós ríamos, ela limpou sua garganta e começou:

“Nós não paramos de amar porque ficamos velhos: nós nos tornamos velhos porque paramos de amar. Existem somente quatro segredos para continuarmos jovens, felizes e conseguindo sucesso. Você precisa rir e encontrar humor em cada dia. Você precisa ter um sonho. Quando você perde seus sonhos, você morre. Nós temos tantas pessoas caminhando por aí que estão mortas e nem desconfiam! Há uma enorme diferença entre ficar velho e crescer. Continuo jovem, feliz e bem sucedida porque não abro mão da minha risada, do meu humor, dos meus sonhos e do gosto pela vida. Velhos, todos nós ficaremos. Isto não exige talento nem habilidade. A idéia é crescer através de sempre encontrar oportunidade na novidade, sempre encontrando a oportunidade de mudar. Ser velho não é defeito nem é doença. Nunca é tarde demais para ser tudo aquilo que você pode provavelmente ser”.

No fim do ano, Rosa terminou o último ano da faculdade que começara há anos atrás. Uma semana depois da formatura, ela faleceu tranqüilamente em seu sono. Uma quantidade enorme de alunos da faculdade foi ao seu funeral, em tributo à maravilhosa mulher que nos ensinou, através do exemplo, que nunca é tarde demais para ser aquilo que você pode ser.
(Autor desconhecido)

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