05/04/2009

Max sozinho na luta contra a maledicência!




Para mim, um blog ou um post que se elabora, é uma criação e como tal merece cuidado, atenção, sensibilidade e sensatez. Uma coisa são comentários que se expõem com bases sólidas e não voláteis e outra coisa é o fato de dizer mal gratuitamente, fazer da maledicência a principal arma contra quem cai em desgraça na preferência dos que dirigem seus blogs. Impressiona-me enormemente observar nos blogs e seus respectivos haloscans, até que ponto podem descer as pessoas aos subterrâneos obscuros da maledicência irresponsável, perversa e corrosiva, direcionada aos participantes de um simples programa de televisão, criado com a intenção de divertir. E o mais grave, os maledicentes de plantão no PPV sequer conhecem de perto suas vítimas e nunca foram ofendidos ou prejudicados por elas, tratando-se, portanto de um ódio gratuito, gerado pelo cego e insano fanatismo, sentimento altamente destruidor, autoritário e contagioso que, uma vez desencadeado, pode assumir proporções gigantescas e a força demolidora de uma tsunami.

As pessoas contaminadas pelo vírus letal do fanatismo perdem-se num turbilhão de sentimentos obscuros, embotam os valores e os princípios que norteiam a ética, o respeito pela dignidade do outro e a compaixão. A bondade, a ternura, a gentileza, a tolerância e a magnanimidade desaparecem do espírito do fanático, cedendo lugar à agressividade injuriosa, à violência dos insultos, aos impropérios, à maledicência caluniosa, à pusilanimidade pertinaz e à uma atitude obsedante, perversa, persecutória e cega contra a pessoa por quem se sente antipatia, rejeição e ódio, sem nenhum fundamento em fatos concretos que justifique tais sentimentos e atitudes.

E o mais espantoso é que o fanatismo não contamina apenas os jovens nem parte deles. Não! Estes são influenciados por pessoas adultas, tidas como responsáveis, em sua maioria senhoras, com mais de trinta anos, muitas delas já na terceira idade, avós, mães, donas de casa, pessoas inteligentes, pertencentes à classe média abastada, muitas com curso superior, pessoas pertencentes às camadas privilegiadas da sociedade, que se transformam em feras em época do BBB. O que se pode observar no universo dos blogs causa perplexidade e horror.
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Muitos blogueiros são exemplos de correção e de comportamento ético impecável, exigindo dos seus leitores comentaristas uma conduta tão ética e comedida como a que adota. Em outros blogs, quem os dirige, comandam e postam são os primeiros a assumirem as mais execráveis manifestações do mais corrosivo e destrutivo fanatismo, esmagando, como um rolo compressor, a dignidade, a honra e a moral dos seus perseguidos, dos que antipatizam e desejam eliminar do jogo. São estas pessoas, que se dizem formadoras de opinião (Que despautério!), que dão o grito de guerra e estimulam, entre as pessoas que enchem o haloscan dos seus blogs, a proliferação da vilania, da maledicência caluniosa, sórdida, destrutiva, através de um palavreado chulo, de acordo com a mais refinada retórica da baixaria, da canalhice e da incompostura. Perdem a noção de limite, julgam-se semideuses e semideusas acima do bem e do mal, a quem tudo é permitido.

Todos os participantes do BBB9 foram alvos dos fanáticos. Mas nenhum foi mais perseguido, caluniado, vilipendiado, execrado, desrespeitado, injuriado do que MAXIMILIANO PORTO. Sobre ele descarregaram todo o fel, a perversidade e o insano ódio, brotados da sordidez de cada um. Para defenderem seus favoritos não usam a força dos argumentos, a autoridade de um discurso ético, plasmado numa linguagem elegante, despojada de adjetivação pejorativa e aviltante. E fazem assim por não saberem fazer diferente, por lhe faltar o domínio da escrita, por desconhecerem as noções básicas da argumentação, por não terem as mínimas condições exigidas ao desenvolvimento de uma critica imparcial, honesta, convincente, que enalteça seus favoritos sem destruir, desmoralizar e aviltar os que ameaçam a sua vitória.

É chocante entrarmos em certos blogs (graças a Deus não são muitos), lermos os posts altamente agressivos e os comentários, ainda piores, no haloscan. É deprimente testemunharmos, horrorizados e enojados um desfile asqueroso da vileza humana, seja contra Ana Carolina, seja contra Max, como se fossem dois criminosos e não jovens que buscam o sucesso na disputa, bem mais decente entre eles que entre uma parte das suas torcidas, mostram-se desprezíveis e enlouquecidas. Jovens que chegaram à final em igualdade de condições para saírem vencedores, por seus próprios méritos, por terem sido os melhores e mais fortes jogadores da estupenda nona edição do BBB. Eles não merecem ser agredidos pela maledicência pesada, bem diferente da crítica com base na observação dos fatos verificáveis e feita com o respeito devido a qualquer ser humano.

A Maledicência é a falta de reconhecimento de si no seu próximo. As pessoas são muito eficientes na hora de inventarem palavras perigosas e estamos vivendo um tempo de negação de valores. Eu pergunto-me com freqüência: será que a humanidade não encontra motivação capaz de ensejar a busca de uma nova ética com um padrão de qualidade superior a de agora? E esta busca não poderia começar no universo dos relacionamentos no mundo virtual? Não poderiam ser elas bem melhores que as relações no mundo real? Não caberia a nós blogueiros e blogueiras sermos os primeiros a lutar pela dignificação, pela humanização e pela ética nas inter-relações em nossos blogs? Pensem nisto! Ainda é tempo de expurgarmos a maledicência, pelo menos dos nossos domínios virtuais. Quem sabe, teríamos um BBB10 bem mais edificante e livre de tudo quanto, no momento, constitui motivos de execração e desprezo. Vale lembrarmos sempre que com as palavras matamos, ferimos, e nos matamos e nos ferimos. O que mandamos para o universo vem de volta. As palavras são sementes: o que semeamos, vamos colher e, esta colheita é proporcional ao volume da nossa semeadura.

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