20/01/2010

Um pouco mais de Elenita


"Fazer um almoço completo, com uma salada gostosa, uma massa com molhos, temperos e a proteína escolhida, pode dar o trabalho de ir pegar os tomates frescos na feira, marinar o peixe, lavar as folhas, misturar condimentos, mas traz uma experiência e um sabor que não podem ser comparados ao de passar no drive-thru daquela loja de sanduíches e ingerir em dois minutos o cheeseburguer com bacon.

Eu não quero beijos fast-food, não quero sexo fast-food. O cheeseburguer pode ter lá o seu espaço e o seu charme, mas é barato, gorduroso, faz mal pro coração e deixa a gente se sentindo feia e inchada no dia seguinte. Como nós, os homens também querem ser sacudidos até perderem o juízo, também querem se sentir vivos. Também querem se apaixonar e -- por mais que neguem -- encontrar aquela que enlouquecerá suas cabeças. Me chamem de quadrada, mas eu não acho que vai ser a moça cuja língua ele conheceu antes mesmo de dar oi. A mesma moça que depois, em casa, vai ficar se perguntando porque histórias incríveis só acontecem no cinema."

Por Elenita Rodrigues, do BBB10.

Sei exatamente como essa mulher se sente. Sei tudo o que vai em seu coração, em sua cabeça. Conheço seus sentimentos, sua angústia, sua solidão, seus receios, sua carência, seus desejos, seus sonhos.

O tempo passou para Elenita. Passou e se acumulou em sua cintura, em suas pernas, em seus seios e nos braços flácidos. Elenita é DJ nas horas vagas. Circula entre jovens bonitos, sarados, antenados, talvez na tentativa desesperada de tornar-se um deles.

Talvez muitas vezes volte para casa sozinha, depois de desejar alguém sem sucesso. Talvez beba demais para esconder a vergonha e, nessas horas, ela se joga sem medo, se expõe, se oferece e muitas vezes é rejeitada. Talvez muitas vezes durma chorando de tristeza, de impotência diante da solidão que dilacera seu peito.

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