04/07/2010

Saúde perfeita (#not)

Faz tempo que não sei o que é estar com a saúde perfeita, viu! Desde que estropiei meu joelho, parece que as catipopéias todas acharam o caminho da minha casa e não vão mais pra outro lugar.

Enquanto eu fazia exames para poder operar o bendito ligamento cruzado, tive uma infecção séria no ouvido. Depois veio a cirurgia e a dolorosa fisioterapia. Liberada para o trabalho, tive uma suspeita de trombose venosa, na mesma perninha operada. Legal, né? Felizmente foi só uma suspeita, mas lá estava eu novamente de licença médica.

Algum tempo depois, uma gripe violenta me deixou sem voz e sem condições de trabalhar. Como eu ia cuidar dos meus queridos clientes da Ouvidoria? Sem chances. Fiquei boa em alguns dias, mas parece que a gripe gostou de mim de verdade. Ela voltou, toda serelepe, forte como uma rocha. E me derrubou de novo na semana passada. Mas ela não veio sozinha nãoooo!! Trouxe a dor de ouvido junto, pra completar o serviço.

Resolvi ir ao médico. Quando saía de casa, meu joelho - aquele operado que DEVERIA ter ficado bom - travou. Eu não conseguia andar. Verdade que ele já vinha dando sinais de preguiça ultimamente, mas eu, que já estou com vergonha de tanto apresentar atestado médico no meu trabalho, fui enrolando, achando que era da friagem, essas coisas que dizem por aí, que quando o tempo muda, tudo dói, principalmente coisinhas operadas.

Pois bem, de joelho teimosamente duro, em vez de ir para o otorrino, fui para o ortopedista. Ah, que maravilha de profissional! Quando soube que eu tinha feito uma cirurgia, nem colocou a mão em mim. Disse que eu tinha que procurar o meu cirurgião. Tá, doutor, senta lá. Eu sem poder andar e o senhor me manda procurar meu médico que fica a 60km da minha casa? E nem me dá o dia? Eu, se doutora eu fosse, teria vergonha de dar um atestado de comparecimento de 7 minutos! É isso mesmo, gente! Esse profissional me atendeu em SETE MINUTOS!

Deixemos esse ser iluminado pra lá, que a saga continua. Voltei pra casa, liguei para o meu cirurgião, que me medicou por telefone e me tranquilizou, dizendo que em poucas horas meu joelho ia parar de doer e voltar ao normal - ou quase - e me pediu para voltar ao consultório na próxima semana, para uma avaliação.

A dor realmente foi embora, meu joelhinho lindo voltou a dobrar e tudo ia bem, muito bem, até que, voltando para casa depois de mais um dia de trabalho, eis que meus olhos começaram a lacrimejar. Muito! Parecia que eu estava chorando. Durante a madrugada, acordei por duas vezes com os olhos bem coladinhos, uma gracinha. Lá fui eu para o médico de novo. O diagnóstico? Conjuntivite, claro!

Mais cinco dias de licença médica. Não tive nem coragem de ligar pra minha chefe. Já viu alguém sentir vergonha de comunicar que está doente e de licença? Essa sou eu. Também, pudera!

Sai pra lá, perebada!!

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