Sem dúvida, a internet foi a melhor e mais revolucionária invenção das últimas décadas. Em um piscar de olhos podemos visitar outros países, conhecer outras culturas, conversar com parentes distantes, conhecer gente nova, estreitar laços, fazer amigos.
O anonimato anima muita gente a sair do casulo, do esconderijo e colocar a sua cara, traduzida em palavras, na rua. ICQ, MSN, chats e Skype são algumas das tecnologias que servem para aproximar pessoas.
De vez em quando eu faço uma limpeza na minha lista de contatos. Meu Orkut já deletei por duas vezes. Semana passada fiz uma faxina no meu MSN. Aos poucos vou eliminando os que me fazem lembrar o quanto o ser humano pode ser sem conteúdo.
Muita gente diz que na internet as pessoas têm coragem de fazer e falar o que não conseguem fazer na vida real. Eu acredito que seja justamente o contrário: aqui as pessoas mostram o que são no íntimo. Se são boas, mostram isso através de palavras, de atitudes, dos parceiros aos quais se juntam. Se são ruins, menores, vagam por aí feito almas penadas virtuais, atormentando pessoas, perseguindo, aborrecendo, portando-se como adolescentes à porta do colégio.
Chefes de família, avôs e avós, profissionais respeitáveis no dia-a-dia, despem-se de todos os pudores e caráter e sentam-se à frente de um computador, para tripudiar, debochar, falar mal, acusar, invadir a vida das pessoas, tirar a paz dos outros.
Sou uma pessoa que preza pela paz. Antes de colocar o Mariquinha Maricota no ar, fiz diversos fotologs, mas nunca conseguia passar do primeiro post. Esquecia, não conseguia manter uma rotina. Então surgiu este blog. Lembro-me que nos primeiros posts eu não tinha um comentário sequer. Outro dia procurei nos arquivos mas não consegui descobrir quem fez o primeiro comentário.
Mas lembro-me bem do apoio da Lana e do Kane, o que foi fundamental para que eu continuasse blogando. São duas pessoas especiais a quem devo muito!
Mas, assim como existe muita coisa boa na blogosfera, existe o lado feio da coisa: as brigas e intrigas que rolam nos sistemas de comentários. Recentemente li um post da Susan falando sobre isso e concordo plenamente com ela: venham de onde vierem, "venham na paz, venham para agregar, para somar e se divertir".
Aqui como na vida real, ninguém é obrigado a permanecer onde não se sente bem. Tenho visto perseguições absurdas à pessoas que resolvem sair de um blog para outro. Tenho visto pessoas carregarem rancores inacreditáveis por conta de uma briga em um sistema de comentários.
Quem me conhece sabe que não tenho o costume nem tempo para ficar xeretando haloscan de ninguém. Mas as notícias chegam até nós, mesmo que fiquemos quietinhos no nosso canto. E, vez em quando, vou conferir se o relatório é verdadeiro, porque é tão absurdo que recuso-me a acreditar que seja verdade.
E lá está, provado através dos comentários: pessoas que esqueceram de crescer, que portam-se como crianças fazendo travessura, achando graça em fazer o mal. É só uma maldadezinha virtual, não é mesmo?
Esquecem-se da lei do retorno: aqui se faz, aqui se paga. Acredito piamente nisso. Mas não quero ser testemunha das suas quedas. Meu coração e meu caráter recusam-se a se contaminarem de tanta pobreza de espírito.
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