
Perdida esta chance de viver um “amor tórrido” com a sua dama, Ralf viu-se também perdido e sem rumo no jogo e isso o obrigou a mudar radicalmente a sua estratégia. É neste ponto dramático de sua história na casa que Ralf, ainda se sentindo meio perdido, sem chão, começou a se envolver com Milena, sem nenhuma intenção de levar a sério a relação. Sem se dar conta de que poderia encontrar na Manauara uma parceira infinitamente mais forte e com muito mais apelo popular que a insípida Michelle. especialmente porque Milena tem em abundância o que Michelle não tinha e ele não tem: Carisma, apelo popular e sensualidade.
Com ela, ele não precisaria apelar para romances como estratégia de jogo. Bastaria que somassem o que cada um tem de mais forte e sedutor para a conquista da aprovação do público: a inteligência, a visão global do jogo, a sagacidade, a esperteza e a maturidade. A convivência com Milena, adoçou Ralf, tornou-o mais ponderado e menos obsessionado em Max. Notadamente depois da saída do truculento Newton ele relaxou, passou a jogar com mais cautela, diminuiu sua atividade futriqueira, mas não desistiu de eliminar seu antagonista no jogo, o único que sabe ser uma ameaça para sua vitória final: Max.
Ralf é o único homem que sobrou no Grupo A. Não poderia deixar de mudar a sua estratégia de jogo, passando a buscar novos parceiros para o jogo, visando dar continuidade ao seu esforço para desmascarar algumas pessoas dentro da casa, Max como jogador (ainda achando que jogar é errado), e o romance do casal Max/Francine, para desmistificá-los como protagonistas de um romance fake, combinado fora da casa, visando apenas fortalecerem-se e ganharem o apoio do público. Todavia, a cena do pedido de namoro de Max para Francine, quase imposto por Bial, em rede nacional, foi um tiro mortal no plano de desmoralizar o romance do casal.
Portanto, seu jogo contra o casal e, mais diretamente, contra Max tem que buscar nova estratégia. Se ele não quer se tornar o vilão da edição, que não se coloque como antagonista do casalzinho abençoado por Bial, preferido pelo público jovem e pela parte do público que adora uma ceninha de amor romântico nas edições do BBB. Ralf tem consciência de que o casal formado por ele e Milena está muito distanciado do protótipo de par romântico, não passa de mera relação movida a tesão, desejo e carência. Portanto não pode competir com Max/Francine e com o sentimento bonito que emana da relação cheia de altos e baixo, de ciumeirinhas pueris, de briguinhas e pazes, que não excluem a ternura e o especial carinho entre eles.
Talvez este tipo de relação, com as cores dos amores juvenis, com o toque de platonismo e de afeto, cative muito mais o público do que a relação carnal, baseada no desejo sexual e na consumação do mesmo sob o edredom que é vivenciada por Ralf e Milena. Inclusive, este tipo de casal ousado em excesso sob o edredom, não dura muito no jogo, como já aconteceu com Ton e Joseane e acontecerá com Ralf e Milena, com a eliminação de um dos dois no paredão.
Maíra entrou na casa sabendo que o alvo de Ralf é Max, Francine e Ana. Espertamente, ofereceu aliança ao Ralf, enquanto este tenta aliciar Milena para fazer parceria nessa jogada. Se ela vai ou não aderir ao plano do namorado só Deus sabe. Milena sempre foi leal aos amigos do GB, mas está apaixonada por Ralf. Todavia, mesmo ela ficando fora desse terceiro grupo (o G3), este conta com Mirla, Maíra e Flávio, somando quatro votos.
Então o paredão entre Max e Fran pode ser armado bem mais cedo do que esperávamos, quiçá no próximo domingo, dependendo de quem seja o líder. A seguir serão Max e Ana no paredão, e quem sobreviver irá com Naiá. “Poisé”, o grupelho que parece tão fraquinho e despovoado, sob o comando de Maíra e de Ralf, está fazendo alianças, unindo-se em um terceiro grupo, para começar a agir na hora certa. E tudo de forma muito aparentemente natural e ética, com requintes de maquiavélica elegância e diabólica dissimulação.