31/01/2009

Fran e Naiá: tricô pra dar e vender!

Na mesma proporção em que lastimo ver um participantes do BBB perderem-se na estrada que os levaria ao ambicionado milhão, aplaudo os que conseguem enxergar seus erros a tempo de mudarem o rumo desastroso que deram a sua caminhada, aproximando-se muito mais da porta da saída que da chance de chegarem à finalíssima do programa em situação vantajosa.

Francine e Naiá, cada uma ao seu modo e em momentos diferentes, perderam “o norte”. Fran começando no rumo certo, em parceria com Max, fez a sua estréia na casa causando e conquistando o favoritismo em uma grande torcida. Naiá meteu os pés pelas mãos logo na primeira semana, conquistando a antipatia geral, dentro e fora da casa.

Fran, depois da queda do muro e da dissolução dos dois grupos que dividiam a casa, foi se perdendo nos labirintos de seus fantasmas interiores, dos medos e das suas inseguranças, perdeu o brilho, perdeu a graça e a leveza que nos haviam conquistado. Precisou passar por um forte conflito com Max, ouvir dele algumas verdades para tomar consciência de que era ela mesma quem mais estava prejudicando a sua imagem e o seu jogo.

A partir do diálogo com Flávio e com Max, ela começou a resgatar o encanto que quase chegou a destruir. Ontem, protagonizaram momentos hilários com suas brincadeiras no jardim.

Ao fim e ao cabo, é bem melhor que cultivem um outro tipo de relação, sem beijo, sem amassos, já tão já vistos em oito edições do programa, proporcionando-nos apenas aquela relação de amizade, de afeto e cumplicidade que, de um lado tanto agrada ao público, e, do outro não os afasta do foco no jogo, além de deixá-los afastados da possibilidade de serem indicados para um mesmo paredão, como fizeram Gyselle e Rafinha.

Naiá fez o percurso inverso ao de Fran. Precisou ser indicada para o paredão por um dos jovens da casa, para constatar que a idade não a livraria de ser defenestrada, como foi Norberto, e começar uma nova caminhada bem inversa do que fora a inicial. A Naiá que voltou do paredão já não é a mesma de antes: futriqueira, intrigante, azeda com Ana Carolina, arrogante e antipática.

Na festa de quarta-feira, toda a antipatia que eu sentia de Naiá foi sendo abalada por um sentimento de ternura, especialmente ao perceber o quanto os jovens da casa a festejavam, buscavam a sua companhia para dançar, brincar e conversar, numa atitude amiga de espontânea aceitação da pessoa, sem que o fator idade pesasse na relação. Naiá havia, enfim, acertado o compasso no mundo dos jovens que dividem a casa, as camas, a cozinha e as festas com ela, em clima de fraterna integração.

Não sei se Naiá irá até a final, não sei se será a campeã da edição, mas de uma coisa estou convicta: ela irá longe, dificilmente será votada pelo público para deixar a casa do BBB9. E isto não será por ser idosa. Não, porque Naiá não assume um comportamento típico de uma senhora de 61 anos de idade, não se assemelha em nada às avós tradicionais. Ela seduz os jovens justamente pela diferença, porque pensa como eles, acompanha bem as mudanças da modernidade, não rejeita a maneira de ser, de pensar e de viver da geração mais nova.

Decididamente, Naiá aprendeu muitas coisas na vida, mas nunca aprendeu nem deve aprender a SER VELHA. Sua juventude vem do seu interior e nutre-se do seu gosto pela vida, de sua alegria de viver e da sua ótima disposição para ser feliz. Na gaiola de castigo, Naiá está dando um show de bom humor, paciência e humildade. É ela quem segura o astral da jovem Ana Carolina.

Sou muito mais idosa do que Naiá. Como ela, nunca aprendi a ser velha! Nem pretendo aprender! Não somos velhas, somos apenas pessoas, gente, seres humanos, criaturas dinâmicas, cheias de energia e de uma força interior poderosas.

Minhas reflexões sobre Fran e Naiá não significam que as tenha escolhido como minhas favoritas. Ainda é cedo para definir minha preferência com acerto. O que tenho até hoje é uma lista com os nomes dos que mais simpatizo: Flávio, Max, Fran, Naiá, Léo, Priscila e, mais distanciadamente, Alexandre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, comentem! Sinto-me inútil sem comentários...rs

Disqus