23/02/2009

André e Naiá no olho do furacão!

Voltando ao assunto sempre polêmico do paredão, formado no domingo, a minha postura continua coerente com a leitura que venho fazendo dos dois principais emparedados: André e Naiá. Se me fosse dado o poder decisório nesse embate, sem sombra de dúvidas, eliminaria Naiá pelo conjunto da obra.

Quanto a André, não nego que tenha uma personalidade que não o favoreceu em sua primeira tentativa de boa convivência com o grupo, mostrando-se rude, desbocado, inconveniente, belicoso e pornográfico. Todavia, encontrou na casa do BBB9 uma turma em nada comedida nas brincadeiras maliciosas, no uso abundante de palavrões, no desbocamento das moças inlusive nas brincadeira entre elas, numa das quais se chamam de “puta, puta, puta”.

O que ele ali viu foi uma idosa senhora proferindo palavrões cabeludos nas 24 horas do dia, falando em suas intimidades sexuais com o marido, revelando que “dá três” por noite, anunciando aos presentes que tem uma pixota cheirosa porque a lava sempre, sendo coadjuvada por Ana com seus relatos “non sense” das doenças e das sucessivas lavagens de sua pixoca, dos seus corrimentos vaginais, em suas inquirições inconvenientes à Naiá acerca das relações sexuais desta com o falecido marido, quando este estava doente, não se eximindo de perguntar se este endurecia o oblíquo quando ela o banhava, deixando Naiá visivelmente desconfortável.

Se não viu, soube que Priscila mostrou seu piercing vaginal para amigos e amigas, fez strep tease de pé sobre Emanuel, mal o rapaz entrara na casa. Viu Ana expondo sua bunda com queimaduras de sol para Ralf, Naiá e Fran examinarem, enquanto Max chama Francine de biscate e pergunta-lhe se em sua vagina entrariam quatro dedos juntos.

Ele pode ter visto Betão assediar Francine, chegando a bolinar os seios da mesma, de forçar uma conchinha com ela, da mesma forma que Ralf, deitado entre ela e Milena passava a mão nas nádegas da professora, chegando a armar a barraca devido às carícias de Milena com a perna sobre ele, tudo isto em meio a risadas e deboches, nos quais se incluía a declaração de Fran de que escolhera o homem errado ao ficar com Max.

Depois começaram as ficadas e os amassos sob os edredons, com Ralf e Milena completando uma relação sexual no quarto do líder, Ton e Joseane em amassos tórridos e tomando banho juntos, um ensaboando o corpo do outro. Nem Flávio e Ralf escaparam às câmeras, quando passavam protetor solar no corpo de Priscila, com zelo em não deixarem nem uma parte do corpito da deliçazinha sem ser protegida.

Portanto, hipocrisia à parte, André decerto viu fartamente no PPV e nas edições do programa o que se passava na casa, inclusive o nível de exposição íntima que se verificava, continuamente, na casa do BBB9, que não poder ter deixado causar em seu espírito a impressão de que para a turminha confinada o recatamento e o comedimento na linguagem inexistiam, que eram sem pruridos de pudicícias e chegada a conversas cabeludas . Fama que aliás já faz parte da imagem do BBB.

Portanto, não procede a acusação de que foi ele quem introduziu a baixaria e o desrespeito na sacrosanta nave do BBB9, escandalizando seus discretos, refinados e pudibundos habitantes. Da mesma forma não é legitimo imputar exclusivamente a André a culpa pelo desrespeito às mulheres (lembrar como Menu tratava Pri e Ton tratava Joseane). Com efeito, quem deu início ao assunto que culminou com o que foi julgado uma ofensa desrespeitosa à Naiá, não foi André. Foi Ralf, durante o almoço, perante os que estavam reunidos à mesa, ao dizer que Naiá não tinha bunda e que Ana, por ter abundância glútea, poderia doar uma parte para Naiá.

A partir dessa piada de Ralf foi que André teve a infeliz idéia brincar com a situação, dizendo que o marido da vovozinha gostaria do resultado da clonagem, por razões que prefiro não repetir aqui. Claro que este disparate não foi dito na presença de Ana nem de Naiá. Em um outro momento no qual todos brincavam entre si André, perguntou à Naiá se ela "era puta do Paulo", e ela respondeu “sou esposa do Paulo”.

Animado, o caubói continuou: "Pois a minha esposa é a minha puta, minha amante, minha namorada e minha mulher”. Alguns o repreenderam, ele explicou que não teve intenção de ofender, que estava apenas brincando. E a coisa teria ficado por aí, se não tivessem contado a Ana a história da bunda. Ela ficou indignada e com Naiá começaram a planejar tomar satisfações com o rapaz. O resto foi o que já se sabe e, inclusive, eu relatei no post anterior sobre André.

A pergunta que não quer calar é quem é que está com a razão nessa complicada história, tão entremeada de mentiras, de deturpações e má fé por parte de Naiá e das suas pupilas Ana, Maíra e Mirla. Enfim, está o André com a razão nesta estória, por ter sido agredido por Naiá quando estava no banho? Ou cabe a Naiá a razão por se sentir desrespeitada (embora não se dê ao respeito)? Se se sentiu tão gravemente ofendida, porque não armou o barraco logo a seguir à pergunta considerada respespeitosa, a qual só veio a se tornar um crime hediondo depois de tantas horas decorridas, quando tudo já parecia esquecido e já tinham feito reuniões das tropinha "do grito"no quarto da Líder, sob o comando de Naiá?

Não, André não está completamente errado, a atitude desbocada e irreverente dele é compreensível dentro do contexto destravado da casa, onde o respeito ao outro deixa muito a desejar. Agora, estão os dois no paredão. André sem a mínima certeza de que ficará na casa, enquanto Naiá não tem dúvidas de que não será defenestrada. Como está convicta de que serão ela e Ana as vencedoras dessa nona edição, comforme ela falou para a netinha, na festa do sábado que antecedeu o paredão de Ana, nesse espantoso diálogo: Ana: “Naiá, quem você acha que vai para a final? / Naiá: “Eu”. / Ana: Eu também?” / Naiá: “Sim”. Ana: “Quem mais?” / Naiá: “Ninguém”. / Ana: “Eu e você sozinhas?” / Naiá: “Sim”. Como se vê, Ana e Naiá já se sentem na final do BBB9.

Fica para o público (ou para Boninho) decidir se manda de volta para casa a Naiá ou o André. Eu tenho convicção do que deveria ser feito: mandar Naiá de volta para casa, pois talvez não tenhamos outra oportunidade de tirá-la de um jogo para o qual nunca deveria ter entrado, por várias razões, dentre elas por ser falsa, maldosa, futriqueira, maledicente, intrigante e oportunista.

Naiá se faz de doida, mas é extremamente lúcida, falsa e dissimulada. Sabe que sua parceria com Ana é inusitada e pode beneficiá-la, por isso não a larga, desde que esta voltou de três paredões. Conseguiu apagar sua imagem de preconceituosa, substituindo-a pela de boa avozinha, divertida e engraçada. Coisa que realmente é. Mas sempre respingando veneno e insinuações maldosas em suas colocações.

Apesar da estreita ligação com Ana, tratou de circular pelos grupos, tornando-se amiga de todos e ardilosamente vai deixando no ar todos os recadinhos que atendem aos seus interesses e segue, tranquilamente, correndo por fora e com muita competência, levando vantagem dos mais novos, pela experiência de vida.

A posição dela no jogo é a mais confortável: captou o jogo de todos, ou quase todos, e vive alegre e faceira na casa. Ora bancando a doce e bondosa vovozinha, ora se mostrando a velhinha maluca beleza com a qual ela ganhou a simpatia da garotada da casa e do público. Além, é claro, de Naiá ser a jogadora que melhor tira proveito dos contatos com Pedro Bial, com suas tiradas bem humoradas e engraçadas que o divertem e divertem o público.

Em nenhum momento a vejo como uma figura indispensável na casa, mas sim como uma jogadora nem sempre escrupulosa que entrou no programa disposta a ganhar o prêmio de Hum milhão a qualquer custo, não hesitando em esmagar que se atrever a obstacular o seu avanço. Lembrem-se da cena em que Ana e Naiá avançam para Ralf questionando seu voto e sua justificativa, embora este não tenha nenhuma obrigação de dar satisfações a Ana do seu voto e da justificativa do mesmo.

Ocorre que, pelo que parece, doravante ninguém mais poderá votar sem passar pela supervisão da Naiá e Ana. Nestes termos, com Ana tentando marcar espaço fora dos paredões no grito, o BBB9 vai tornar-se uma caserna onde é privilegiada a política da gritaria, da baixaria e do barraco, na qual ganhará a peleja quem conseguir gritar mais alto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por favor, comentem! Sinto-me inútil sem comentários...rs

Disqus